O “EU” não são meros pensamentos e emoções. O “EU” é a nossa capacidade de analisar as situações, duvidar, criticar, fazer escolhas, exercer o livre-arbítrio, corrigir rotas, estabelecer metas, administrar as emoções e governar os pensamentos.
Um “EU” doente, sem estrutura e maturidade é indeciso, inseguro, instável, impulsivo, ansioso, escravo dos pensamentos e das emoções destrutivas. Mesmo intelectuais, executivos e líderes sociais podem ter um “EU” doente ou imaturo.
Nossa história, arquivada na nossa memória, é a caixa de segredos da nossa personalidade. Somos construídos pela carga genética e pelo ambiente educacional e social, representados pelos nossos pais, professores, amigos, colegas, escola, televisão, esporte, música, uso da Internet e etc. Somos construtores da nossa personalidade através da liderança do “EU”.
A cada ano, milhões de pensamentos e emoções são registrados na memória tecendo complexas redes de matrizes. Pouco a pouco, essas matrizes preparam a formação do “EU”.
Na adolescência o “EU” deveria estar razoavelmente alicerçado. Na vida adulta, ele deveria estar estruturado a tal ponto que deveria assumir plenamente a capacidade de liderança do próprio ser.
O grande problema é que a maioria das pessoas não desenvolve um “EU” crítico, lúcido, coerente, capaz de tomar decisões certas na hora certa. Assim, não se torna autor da própria história.
AUGUSTO CURY